segunda-feira, 27 de agosto de 2012

BOTUCANTANDO!

Senhoras e senhores, bem vindos a mais uma aventura Siciliana!

Hoje é a vez de contarmos da nossa última passagem por Botucatu, no interior de São Paulo, para participar do Festival Botucanto, evento que já haviamos tido a honra de nos apresentar em 2010.

Dessa vez foi diferente; o Botucanto, dentre tantas coisas que compõe sua programação, é também uma mostra competitiva de música. Em 2010 fomos para competir no festival defendendo uma canção e em 2011, como vencedores do prêmio Botucanto, fomos apresentar o nosso show.

Precisa mensurar o tamanho do orgulho?

Voltamos a Botucatu cheio de intimidades. Parecia um lugar corriqueiro, mas que ao mesmo tempo tinha gosto de novidade. Revemos o queridíssimo Daniel - nosso anfitrião botucatuense - sempre a dar de sobra sorrisos e hospitalidade. Também reencontramos o Carneiro, grande baterista e colecionador, que dentre tantos feitos, tem o de ter nos salvado em nossa primeira aventura na capital paulista.

Conhecemos muita gente nova. Alguém até parecia uma amiga de infância de Babi chamada Málilka. Oxente! Era ela. Que mundo pequeno!

São tantas coisas que acontecem nesse pequeno grande mundo redondo e atrativo, que dá muito mais vontade de seguir em frente pra continuar nos admirando com suas surpresas.

Apesar de tudo ser tão lindo... estávamos bem tensos. Sabíamos da responsabilidade de voltar com um show depois de competir com uma música. E queríamos que tudo desse certo.

Saímos de madrugada, por volta de 2 ou 3 da manhã, para um show no mesmo dia de noite. Ia ser pesado!
Chegamos em Guarulhos 6 da manhã. Seguimos na rodovia para Botucatu. Como é normal de qualquer ser humano, assim que chegamos nos preocupamos em comer passar o som. Mas deu tudo certo. Graças a produção do evento que era de primeira e pela conspiração desse universo lindo que as vezes nos favorece. Ainda bem que ele estava do nosso lado nesse dia.

Achamos na internet um registro de alguém que estava curtindo nosso som e postou no youtube um pouco da nossa apresentação no Botucanto:


A melhor parte - que mandou embora toda aquela tensão que estava nos dando dor nas costas - foi a recepção calorosa que Botucatu nos ofereceu. Ao fim de nossa apresentação, nunca vimos nossa banquinha tão cheia! Palhetas, Bottons, Cds, Kits, adesivos... não paravam de sair. Ficamos bem contentes por estar deixando uma sementinha no lar de cada um, que ao olharem depois para aqueles objetos, lembrariam de nós e daquele dia.


A banquinha



Alexandre autografando



Nossa fã mirím


Ela saiu de bottom e tudo!



Lasserre fazendo a contabilidade


Thiago e Alexandre felizes com o resultado da contabilidade

Zé Geraldo

E a ainda teve o show do grande Zé Geraldo pra fechar o noite com chave de ouro (com o nosso amigo Carneiro no comando das baquetas).




Foi o primeiro show fora de casa, fora de nossos lares em Pernambuco e Minas Gerais, que fizemos no estilo "bate e volta". Viajar, tocar e voltar, de fato. Na verdade foi o primeiro show, digamos assim, bem distante, que tocamos e voltamos. Uma experiência interessante, pois percebemos que nossa produção está aumentando. Ao mesmo tempo lamentamos por não termos mais tempo de ficar na cidade para aproveitar.

Mas estamos aqui para trabalhar. E falando nisso... estamos atrasados para a pré-produção do disco. E temos que ir logo, pois queremos lançar esse disco no ano que vem no Botucanto 2013 =D 

Por falar nisso, Pernambuco está novamente no festival esse ano. Mas dessa vez a responsabilidade é do queridíssimo LENINE que se apresenta lá no dia 15 de setembro.

Um beijo e até a próxima!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Sicilianos em Paranavaí (PR): Um verso em cada fulô



A melhor parte de viajar pelo país, principalmente nesse festivais que participamos é, sem dúvida alguma, conhecer pessoas incríveis. Nessas aventuras pela estrada, ganhamos de brinde amigos de verdade, aprendemos muuuuuita coisa, com muuuuuita gente e nos deliciamos com o talento de muitos artistas. Experimentamos o mundo, ouvindo, vivendo e vendo por conta própria. E é assim que guardamos na placa mental aqueles encontros especiais que posteriormente fizeram muita diferença em nossas vidas.

Pois bem... estamos nesse lero-lero porque vamos falar de uma cidade chamada Paranavaí (PR), lugar onde, mais uma vez, conhecemos pessoas incríveis. 

Primeiramente, já que estamos falando daqueles que entraram pra ficar em nossas vidas, vale ressaltar que um grande amigo que conhecemos pelos festivais, chamado Jovelino Carvalho, foi a primeira pessoa que nos falou sobre um festival em Paranavaí que "era o bicho"! Com um forte sotaque mineiro, o amante dos festivais insistiu que nos inscrevêssemos no FEMUP, pois ele já havia participado do evento anos atrás com seu grupo Verde Terra e achava que era a nossa cara.

Sem titubear nos inscrevemos. Em 2010, famintos por mostrar nosso trabalho em novos lares, esperamos ansiosos o resultado dos classificados para o festival...

... não fomos escolhidos : (

Mas somos chatos. Insistentes. Somos sicilio-brasileiros que não desistem nunca. E missão dada é missão cumprida, mesmo que ela seja comprida e demore tempo pra acontecer. Mandamos de novo nosso material em 2011. E adivinha? Apresentação marcada para o dia 15 de outubro.

Diferente dos outros festivais da canção, o FEMUP não é uma competição. É uma amostra de música e poesia. Todos os escolhidos são premiados. E sabe mais? O prêmio maior é conhecer Paranavaí. 

Chegamos na cidade. Expectativas mil. Lugar charmoso. Direto pra passagem de som. Um teatro arretado!!! Expectativa aumenta. Tantas possibilidades... Que massa! Chegamos aqui, finalmente.
Uma mulher passava o som. Era Marcela Martins, uma cantora toda simpática que mais tarde confraternizaria conosco com cervejinhas e cantorias. Nossa vez de passar o som. Cacareco pra cá, pra lá. Extensão.... tomadas... Qual a voltagem daqui? Tira a sobra da voz. Calma! Ainda tem o sample. Pronto, agora sim. Hora de ir pro hotel. Não! Esquecemos de almoçar. É tanta correria... Mas é quase hora do jantar. Então vamos almoçantar. O restaurante do festival já estava nos esperando. Mas aonde fica?

Um homem para em um carro vermelho pra nos explicar o caminho. Ao abrir a janela, o perfume dele exala em todo nosso uno alugado. Era Amauri Martinelli. O organizador de festivais mais perfumado que conhecemos. Uma pessoa cordial, gente fina e... cheirosa. 

Após um banquete elegantíssimo de derrubar qualquer ser humano... hora de descans.... EPA! Tá quase na hora. Vamos nos arrumar pra ir pro festival. Babi ainda tem que passar o vestido. Tem que pegar o ferro na mala. Eita! Esqueceu o ferro. Palma, Palma, não priemos cânico. Acontece nas melhores famílias sicilianas.

Hora de tocar...






No camarim, conhecemos uma figura nova, Luíz Salgado, participante do festival. Cantador mineirinho, que assim como todo mineiro, é legal. Tão gente fina que trocou disco conosco, proseou e filmou nossa apresentação. Ele cantou sua "Décima de Reis" que também foi filmada por alguém, que também era gente fina e filmou nossa apresentação também :)  


 Viu o video? Sentiu? Depois daquela reação de ver o público do teatro inteiro de pé foi arrepiante, emocionante, poético e foda.



Um repercussão que superou nossas expectativas. Uma recepção maravilhosa. Puxa! Como o pessoal em Paranavaí é legal. Calma... ainda tinha mais...

Fomos para o restaurante. Todos os participantes foram pra lá. Era a hora de jantar, confraternizar e relaxar. Chegamos meio sem jeito; muita gente nos olhando; até que começaram a se chegar... "Parabéns", "Adorei", "Senta aqui". Até que apareceu um Torrente. Seu primeiro nome é Dorival. Ele com sua família nos receberam com um mega sorriso e nos conectamos. Ele comentando nossa apresentação e os amigos soprando que ele era artista e pai de artista. Pai de uma moça chamada, Uyara Torrente, vocalista da pipocada A banda mais bonita da cidade. E em meio a prosas e poesias... ele se revela. E declama: 


Deu pra entender o porque esse post começou tão empolgado sobre conhecer pessoas e lugares especiais, né? Sentiu o drama?

E se eu disser que ainda tem mais? 

A noite continuou... acabou... e emendamos com o novo dia. Mas ainda ficamos lá... no restaurante. Com toda a galera do festival. Tocando, cantando, conversando e se encantando pela viagem.

Até que chega um outro Torrente. Oxente! Dois? Isso! Era Sérgio Torrente. Outro artista dessa família. Tá no sangue. Sérgio é um artista popular e arte-educador. A cada conversa com ele, aprendíamos muito. Batemos um papo sobre teatro que foi muito importante para o nosso trabalho. Aprendemos. Ouvimos. Nos surpreendemos. Tantas histórias pelo mundo... Nos identificamos. 


Hora de voltar... Que pena. Já deu saudade. Tanta gente bacana, tanto trabalho legal. Mas a vida continua e temos que continuar na luta pra conhecer novas pessoas, novos lugares e até mesmo pra voltar. Oba! Voltar quando? Em breve :) 


E como diria o mestre Patativa do Assaré declamado lindamente por Dorival Torrente....

"E pra a gente aqui ser poeta
E fazer rima completa
Não precisa professor
Basta ver no mês de maio
Um poema em cada galho
Um verso em cada fulô"

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Eu preciso de um liquidificador em Recife

Próximo ao dia das crianças ganhamos o presentinho de nos reencontrar com os amigos da banda Graveola e o Lixo Polifônico, diretamente de Belo Horizonte. Dessa vez, bem distante dos últimos encontros em solos mineiros. A parada agora era em Recife, nossa casinha. 

E por falar em casa, foi exatamente em uma de nossas residências musicais que o reencontro em palcos do “Babeola e os Sicilianos Polifônicos” aconteceu. Foi no bistrô de música Casa de Seu Jorge.

Aproveitando a ocasião da turnê de lançamento do disco "Eu preciso de um liquidificador" pelo nordeste e de uma passada do “Grave” no Festival Coquetel Molotov, o produtor da banda e nosso querido amigo - quase recifense - Rafa "Chachá", sugeriu que juntássemos as trupes na segunda-feira, dia 10 de outubro de 2011 para fazer esse som. Um desafio, pois movimentações nas noites de segunda não são comuns aqui em Recife.

Mas ele estava contatando um serviço siciliano. E desafio é com a gente mesmo!


Depois de um hiato de apresentações em nossa cidade, esse concerto seria nostálgico por que além de matar a saudade dos shows em casa, iriamos relembrar os bons momentos em que dividimos o palco junto a galera do Grave.

Com um curto espaço de tempo para produzir tudo, foi árduo o trabalho de produzir o evento, desde a logística, contratação de serviços até a assessoria de imprensa. Mas valeu a pena. E muito. Mesmo com a equipe de sonorização que contratamos sumindo no dia... 

Mas isso foi detalhe... Como sempre, nos viramos em 10 -  ou melhor, em 20 - e conseguimos um som responsa na prorrogação.  Repito, valeu a pena cada aperreio.



Na segunda-feira a Casa de Seu Jorge estava lotada! Foi muito prazeroso tocar em Recife novamente. Na platéia estavam amigos, fãs, familiares, novos mafiosos e algumas pessoas que estavam nos assistindo pela primeira vez. Ainda contamos com a nossa queridíssima Lara Klaus dando um canjinha percussiva improvisada em “Na onda Moderna”. Coisa linda de se ver! 

Os amigos mineiros fizeram um show lindo e de arrepiar, pra variar. Chega bateu um “rói rói” no coração lembrando a fase boa que passamos por lá. Rafael Barros, Flávia Mafra, José Luís, Luiz Gabriel, Flora Lopes, Juliana Perdigão, Yuri Vellasco, Bruno Oliveira e o anfitrião Raphael Costa: obrigada a todos por entrarem em nossa vida e fazer parte dessa famiglia.

Continua no próximo episódio...


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