
É com imensa satisfação que faremos esse post sobre o 30º Festival de Alvinópolis, MG.
Na tarde da última quinta-feira lá estavam os 4 sicilianos pegando o ônibus para viajar pela primeira vez para Alvinópolis, Minas Gerais, que segundo o google maps, durararia 2h e uns quebrados partindo de Belo Horizonte.
Depois de perguntarmos inúmeras vezes o clássico "Tá chegando?", finalmente chegamos a várias cidades próximas de Alvinópolis que sempre duravam 20 minutos para o nosso destino.
Essa brincadeira durou 5h e meia.
Até que... finalmente ouvímos aquela voz de locutor e chegamos na cidade, descendo do ônibus exatamente no local aonde já estava acontecendo a primeira eliminatório do Festival de Música da cidade. Como o nosso hotel ficava logo na frente, deixamos as coisas e fomos prestigiar e conhecer o evento.
Frio, muito frio. Muito mais frio do que estava em Bh e São Paulo. E agasalhados fomos nos encantando aos poucos com Alvinópolis.
Um cidade pequena, bonitinha, charmosa, limpinha e, principalmente, acolheadora. Nunca nos sentimos tão bem tratados e bem recebidos.
Os organizadores do festival logo que nos viram foram nos receber e saber se estavamos bem. Papo vai e papo vem, acabamos sendo convidados para fazer um show durante a apuração das notas. Boa-vinda melhor não poderia haver.

A segunda eliminatória do festival (em que defendemos duas músicas) começou a tarde. De manhã fomos passar o som e o dia ficou bem mais interessante.

Quando estávamos nos preparando para passar o som, fomos abordados por um admirador da musica pernambucana que chegou cantando "Adeus Recife foi a saudade que me trouxe pelo braço..." e em seguida cantou uma música que não conhecíamos a fundo. Foi quando ele questinou: Vocês não conhecem isso?
A música era nada mais nada menos que da banda de Pau e Corda. Banda em que nosso parceiro Sérgio de Andrade é o vocalista. Apesar da nossa gafe, ficamos eufóricos quando percebemos que se tratava de uma música do serjão e que a Coincidência tinha sido muito grande. A banda de Pau e Corda é muito respeitada e admirada por lá. Todos conhecem e idolatram. Na mesma hora ligamos para o Sérgio para contar.
Depois que passamos o som, algumas pessoa vieram nos elogiar e perguntar sobre a banda. A maioria já tinha lido sobre a banda nos jornais e revistas locais e confessaram que estavam ansiosos para a apresentação da "galera de Recife".
Eu queria contar detalhe por detalhe da viagem... mas vamos logo ao show se não passarei uns 3 dias aqui só escrevendo.


A primeira música que apresentamos foi "A lágrima do Palhaço". A recepção foi surpreendente e emocionante. Os aplausos por todos os lados transformaram o rosto de cada siciliano em um sorriso extenso.
Quando descemos do palco apareceram fãs de todas as idades e de todas as tribos. O carinho era imenso e motivador. Mais uma vez o público mineiro nos contagiou fortemente.

Quando nos apresentamos pela segunda vez cantando "Na onda moderna" esses fatos se repetiram. Vendemos muitos cds e distribuímos muitos autógrafos. Tiramos fotos com muita gente e com a imprensa. Conhecemos muitas pessoas e fizemos muitos contatos.
Parecia o começo da realização de um sonho coletivo. Alvinópolis entrou pra nossa história.
Fomos para a final com a música "A lágrima do Palhaço". O frio estava tão grande, que não conseguimos esperar pela nossa apresentação. Em meio aos 5 graus, nos refugiamos no hotel e só saímos quando estava proxímos de nos apresentar.
Começamos frios. Babi cantava e a fumaça saia da boca. Thiago e Well tocaram de Luva. E Alexandre tentava se esquentar com seus movimentos.
Quando terminamos a apresentação, os gritos de "Já ganhou! Já Ganhou!" nos fizeram esquecer do frio e o show que começou frio terminou quente!
Naquele momento já tinha sido válido todos os custos e desgastes que tivemos para chegar em Alvinópolis, e pra falar a verdade, a turnê já tinha sido grandiosa até aquele momento.
Logo depois, fizemos um pequeno show. Não conseguimos fazer o show todo devido ao frio. Mas pela empolgação que o público nos deixou, resolvemos encarar até aonde dava para agradecer toda aquela recepção. E valeu cada arrepio.
Quando chegou a hora do resultado final, confesso que estavamos desesperançosos. Na verdade, ja estavamos satisfeitos com a receptividade do nosso trabalho e pela dimensão que as coisas tomaram. Conseguimos fazer ótimos contatos, fazer amizades, vender cds, ter um feeback super positivo sobre o trabalho, ter uma boa execução, ... Prêmio? Já tinhamos ganhado o principal´: o público.
Os concorrentes eram muito bons. E pela experiência que temos com festival seria muito difícil que uma música tão diferente (do modelo de festival) ganhasse algum prêmio.
E foi aí que nos enganamos.
Para tudo parecer um mesmo um sonho, fomos premiados com o terceiro lugar.

Na foto, Os Sicilianos recebendo o troféu e o cheque (ô beleza!), juntos de pessoas boníssimas que pretendemos manter uma amizade, Marcos e Jovelino.
Quinta viajamos para participar do festival de Conceição do Mato Dentro. Espero que seja tão bom quanto o de Alvinópolis.
No final desse post, agradecemos a todo de Alvinópolis e todos os concorrentes de outras cidades que conhecemos lá. Esses dias foram super importantes e significaram muito para a nossa carreira. Nossa gratidão a vocês é eterna. Esperamos voltar em breve.
Abraço dos sicilianos