segunda-feira, 18 de junho de 2012

Amy, o samba e o artista.


Olá, amada Famiglia Siciliana espalhada por esse mundo!


Hoje é dia de falarmos de Campinas, a maior cidade do interior do Brasil e palco da apresentação de número nove da nossa tourneé de meio de ano/Mezzo Inverno, mezzo verão/Norte-Sudeste.
Após merecidas férias com direito a calorzinho maneiro, luau sob as estrelas, banho de rio e todos os clichês que estão intimamente ligados a uma viagem ao Pará, retornamos ao frio que arde no inverno do sudeste brasileiro, no dia 23 de julho de 2011.

Logo após o show no 8º Festival de Rock da Lua Grande seguimos rumo à capital tocantinense, passamos por Brasília e 12 horinhas depois chegamos ao nosso destino.

Dentre tantas coisas, essa viagem a Campinas ficará marcado pela notícia que recebemos ao chegarmos em nossos aposentos provisórios: O falecimento precoce(?) de uma das nossas mais inegáveis influências, a cantora inglesa Amy Winehouse.


Como admiradores de seres humanos e da jovem britânica, ficamos bastante comovidos com a notícia e com a constatação de que, nesse plano, não seria mais possível vê-la ao vivo. Na época de sua turnê pelo nosso país, nós também estavamos exercendo nossa sina de artistas pelos palcos do Brasil varonil e não tivemos a oportunidade de presenciar esse momento. Diante de tudo, só nos restou dedicar a apresentação daquela noite à memória dessa grande e visceral artista.

O nosso concerto aconteceu na tradicional Casa São Jorge - um belíssimo bar que resgata e repensa a estética visual e gastronômica típica dos botecos - dentro da programação de aniversário da casa, que está sediada no distrito campinense de Barão Geraldo

Nos outros dias dedicados aos festejos, passaram pelo mesmo palco artistas como Neguinho da Beija-Flor, Dudu Nobre e Sandália de Prata.

Aí eu lhe pergunto: Você consegue identificar algum fator que una os três artistas acima citados? Tempo para a resposta! Tic, tac, tic, tac, tic, tac.... (Som de cigarra). Tempo esgotado, tempo esgotado... Se você falou que todos eles são artistas ligados ao universo do samba, a resposta está correta (ou pelo menos é a correta pra situação). É que a Casa São Jorge é um lugar dedicado ao samba, onde as pessoas vão parar ver samba, escutar samba e dançar samba.

O show, para variar, foi espetacular. É sempre bom subir em um palco e romper com a rotina e as expectativas das pessoas. Além da responsabilidade de fazer com que esse rompimento não se transforme em aversão ou animosidade, ainda há o fator mais importante de tudo: fazer chegar a mensagem nos seres vivos presentes, independente das circunstâncias.

Mensagem enviada, trabalho terminado, dezenas de Cd`s vendidos e a vontade de voltar. Gostaríamos de agradecer a todas as pessoas que fazem a Casa de São Jorge e esperamos retornar muito em breve.
Assim nos despedimos e prometemos voltar, sem muita demora, com mais um relato super-hiper-mega maneiro.
Ciao 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

8º Festival de Rock da Lua Grande: Venha até aqui!


A próxima parada da turnê, como dito anteriormente foi para Conceição do Araguaia. Depois de um longo - mas beeeem longo - trajeto para chegar à cidade, fomos rumo ao 8º show da turnê que seria no 8º Festival de Rock da Lua Grande.



Conceição do Araguaia fica no sul do Pará, já na divisa com o Tocantins. O que separa os dois estados é o belíssimo Rio Araguaia, que na época de Julho seca e forma as praias e ilhas de água doce. Do inverno friorento do Sudeste, partimos para o “veraneio” do Pará. Praticamente um choque térmico.


Conceição foi a cidade que nossa cantora Babi Jaques cresceu. Saiu de Recife pra lá aos mínimos 6 anos de idade e morou 11 anos por lá. Dessa vivência em terras paraenses que surgiram muitas músicas dela, como “Manakereki Baby Blues”, referência que a cantora faz aos artistas conceicionenses Zé Valdi e Manelão, que entoavam a canção “Tori... Manakereki... Tori...” que vem de uma língua  indígena e quer dizer “Homem branco, venha até aqui”. Essas duas figuras foram os grandes responsáveis pela iniciação da música na pequena Babi, e por tabela, responsáveis por essa máfia. Por isso, ao chegarmos ela fez questão de apresentá-los a toda a banda em um encontro inesquecível regado de muita prosa, música, aprendizado, cervejinhas, tacacá, churrasco, açaí e muitos mimos preparados por Dona Rhéa (mãe) e Dona Alice (avó).





Foi um dia realmente lindo e necessário. 

Infelizmente, não tivemos a oportunidade de repetir a dose, pois o grande Manelão faleceu ainda em 2011, deixando eternas saudades e admirações. Apesar de saber que ele estará sempre olhando por nós.



Enfim...
Tivemos um bom descanso, regado aos mimos da dona Rhéa e dona Maria Alice, mãe a avó de Babi. Foram dias de luxo para uma turnê tão corrida. Passamos 3 merecidos dias lá.




A nossa primeira apresentação foi no acústico do Lua Grande, uma prévia bem intimista, realizado na praia das Gaivotas, na barraca do Pauleno. A praia das Gaivotas é a principal praia do veraneio. 


O evento aconteceu a noite e foi muito bonito e especial tocar (música) e tocar os pés no Araguaia. Atravessamos o rio a noite morrendo de medo das arraias. Uma aventura boa de passar, pra se instigar mais ainda pra mandar um som pro pessoal. Foi uma prévia gostosa e contagiante.



O Festival de Rock da Lua Grande foi um evento realizado pelos amigos roqueiros da cidade, como intuito de disseminar o estilo em Conceição e abrir espaço para as bandas tocarem. O primeiro festival (e inesquecível) foi um marco muito importante para que despertasse em Babi e seu irmão a vontade de tocar. E juntos montaram uma banda que participaria de todas as outras edições do Festival. Até que um dia ao seguir rumos diferentes, Babi encontrou os Sicilianos e Pedro a profissão de educador físico concursado (hehehe). Assim, estava sendo muito especial para ela e para todos da banda, voltar a cidade, ao evento, com o nosso trabalho que de uma certa forma, nasceu em parte de uma semente plantada ali. Não precisa contar o quanto foi importante pra Pedro organizar esse evento, trazer a irmã e assisti-la, deixando o irmão extremamente emocionado (tão bonitinho chorando de alegria) durante o show.




O evento contou com uma estrutura muito bacana e uma programação  bastante diversificada. A “The Sholes” apresentou um trabalho muito bacana que agradou desde crianças a idosos. Mostrando a possibilidade que o Rock tem em atingir diversos públicos na cidade. Uma banda que junto com “Aqueles Caras” tem encabeçado uma reviravolta na cidade, criando o hábitos dos conceicionenses consumirem musical autoral. Estão ambas de parabéns por esse desafio de sucesso! Outras bandas legais que passaram pelo evento e vieram diretamente de Palmas – TO, foram “Thunder Rage”, “Maquinários”, “Punk Sematary”!

Tá curioso? O Blog Consciência explosiva fez a cobertura do evento. Saca lá!

Falando em Palmas, trocamos discos com o pessoal da banda La Cecilia, representada por Rafael Bertuol, que foi prestigiar o evento e as bandas. Um trabalho bem bacana da cena tocantinense.

Por enquanto é isso, pessoal! Em breve contaremos mais sobre nossas aventuras araguaianas, pois  nesse meio tempo já tivemos várias!

Muito obrigada a todos que fazem o Lua Grande pelo convite, recepção e construção. Em breve estaremos de volta para prosear, criar e tirar sons juntos na beira do encantador rio Araguaia!

Até logo!
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