I Festival da Canção de Conceição do Mato Dentro - MG

Olá companheiros mafiosos,

É com muito prazer que novamente fazemos um post sobre mais um festival que entrou para a história da família siciliana: O Festival da Canção de Conceição do Mato Dentro, MG.

Assim, como o de Alvinópolis, tivemos muitas aventuras, conhecemos muita gente bacana e estamos cheio de histórias pra contar.

Começamos nossa aventura no dia 29 de Julho. Alexandre e Well compraram um ticket promocional e foram andar na montanha russa mais perigosa de Minas Gerais. A diferença, era que essa montanha russa era algo meio real, em que eles estavam em um ônibus que pensava que era um trem bala e andava pelas "curvinhas acentuadas" a caminho de Conceição do Mato Dentro. Pagaria caro para ver a cara deles dois quando desceram do ônibus. Mas infelizente, parte da banda perdeu essa cena, pois estavam indo de carro junto com o companheiro Indiana Jones. Enquanto Alexandre e Well estavam curando do seu enjôo e trauma rodoviário, Babi, Thiago e Ozzy ganharam um passeio turístico pelas Gerais. Conheceram algumas cidades do interior e com muita calma seguiam para Conceição do Mato Dentro regados de muito chiclete, cafezinho e guaraná. Na verdade, todos aproveitaram o passeio, menos Babi, que dormiu a viagem toda e só acordava pra perguntar se já chegou. Por sinal, Babi estava tendo um pesadelo, em que estava viajando no ônibus junto com Well e Alexandre, mas ainda bem que acordou e estava no carro de indiana Jones ouvindo a Banda de Pau e Corda. Pra que melhor?

Na noite de Quinta (29) todos se encontraram em Conceição do Mato Dentro. Chegaram a tempo de assistir a apresentação da pianista Sibila e a primeira eliminatória do festival.

No dia 30, na sexta, depois de acordar no começo da tarde a banda foi almoçar aquela "leve" comida mineira. No restaurante, encontramos e trocamos prosas com o organizador do Festival, Emílio Pieoroni, uma graça de pessoa. Simpatissímo e agradabilíssimo. Depois de dois vinhos Reservados, a banda foi passar o som.

Na passagem de som, encontramos alguns amigos que conhecemos em Alvinópolis, como o Mágico Leopoldo, Fábio Loyola e Márcio. Passamos a tarde passando o som, pois tivemos uns problemas técnicos.

A noite, finalmente chegou a hora das eliminatórias. Ao decorrer das apresentações dos concorrentes, percebiamos que a sexta feira estava Explosiva. Só tinha gente boa, o que nos instigou a dar sangue na nossa apresentação.

Quando chegou a nossa hora, tudo até que ocorreu bem. Tivemos alguns problemas com o som, mas que não prejudicaram tanto a banda. Pois conseguimos ir para a FINAL e planejar uma apresentação melhor.

Além do mais, conseguimos o espaço durante a apuração das notas para fazer um show de meia hora. Foi bastante divertido e mais uma vez ficamos bem satisfeitos com a reação do público. De lá seguimos para o Bar da rosinha, um lugar muito legal, que conhecemos e trocamos prosas com gente finissíma.

Mas voltando a finalíssima... estava difícil. O Nível estava alto. E como as mensagens e propostas de cada concorrente eram diferentes, não tinham idéia de como o nosso som estava chegando no público e nos jurados.

Mas naquele momento, mais uma vez nossas aventuras já tinham valido a pena. Fizemos novamente mais contatos, passamos nosso recado, vendemos muitos cds e conhecemos uma galera massa: Emílio, Grilo, Deco, Paulo Thomaz, Flávia, Sibila, Celina, Murilo, Janine e o pessoal das bandas Groove da Esquina, B.I.C., Velho John, Legal é o Bob. Sem falar da prefeita, que foi super simpática com nós, elogiando nosso trabalhoe nos presenteando com um sovertinho de primeira qualidade.

"Aaaah" e sem falar no "sucessão de sucessos" que tivemos com a locução do "ééé" Toddynho!

A Rede Globo está perdendo.

Na final fizemos uma apresentação segura, conseguimos mandar o nosso recado e já estavamos satisfeitos. Estavamos meio tensos, mas é aquele nervosinho saudável que mistura esperança e ansiedade com o resultado daquilo tudo.

E quando começaram a recolher as notas, o clima ficou mais tenso. Até que.... surge ele... o Mágico Leopoldo. Ele começou a tirar coelhos da cartola, que na verdade eram acessórios de carnaval e brinquedos. Aquilo transformou toda a tensão em clima de festa, como um passe de mágica. Logo, estavam todos dançando e cantando ao Samba da banda Cachã com Arnica, até esquecendo que estavam competindo alguma coisa. Foi tudo realmente mágico!

Até que... chega a hora dos resultados.... UI! Estavamos esperançoso, claro! Pois acreditamos no nosso trabalho. Mas nos vendo ali, no meio de tanta gente que também tinha um trabalho

legal, de gente que participa de festival pra valer e ganha todos, sabiamos que era muito difícil conseguir alguma coisa.

Depois que sairam os prêmios de melhor intérprete, melhor letra, melhor arranjo e terceiro lugar, começammos a nos abraçar e cada um consolava o outro, dizendo o quanto foi importante estar ali, que ja tinha sido válido e aos poucos lembravamos das dívidas, quando ouvimos o segundo lugar, aí a casa caiu. Só tinha sobrado o Primeiro lugar pra um tanto de gente boa.

Ficamos meio tristes, mas nada que abalasse tanto. Até porque não tinhamos ido com itenção de ganhar. Só que dentro de todo mundo tinha uma coisinha pequininha chamada "esperança" que tentava dizer numa voz que quase não se ouvia: "Será que o primeiro lugar é nosso?".

Estávamos todos de cabeça baixa, pensando em tudo que tinha acontecido até aquele momento, a vista meio embaçada, sem conseguir fixar a visão em algum lugar, quando ele, TODDYNHO, anuncia o primeiro lugar. É até dificil escrever sobre aquele momento. Foi um momento rápido que parece que durou uma eternidade.

A cada letra que construía o título da música vencedora, aquela coisinha pequeninha que estava antes sem voz, começava a ganhar tamanho. Ao ouvir o som de "N..." a Esperança ia aumentando. Quando dava pra se ouvir "Na", os olhos brilhavam, o coração faltava sair pela boca, e o pensamento não acreditava naquilo que ouvia. Quando ouvimos "Na ond..." já nos entregamos.

Quando Toddynho disse "Na onda Moderna" não sabemos qual dos 4 falou mais palavrão.

A emoção era tanta que não sabíamos o que fazer e o que dizer. Sem acreditar, subimos ao palco, pegamos o troféu e curtimos aquele momento. Babi só fazia chorar. Alexandre foi o único que conseguiu traduzir aquele momento e agradeceu ao público. Aquele momento foi o mais feliz da banda. Não porque ganhamos aquele trofeu e aquele cheque, mas porque todo o esforço, todo o trabalho que tivemos estava sendo reconhecido, e aquela aposta que fizemos ao sair de casa, estava recebendo a resposta de "Continuem!".

Foi tudo muito bonito e muito mágico. Aquela noite foi exatamente assim.

Foi muito importante para nós ter vivido aquele momento, ter curtido aquela sensação.

Isso mudou muita coisa. Não porque ganhamos um festival, mas porque estavam reconhecendo o nosso trabalho.

Nunca participamos de Festivais de Canção. Para nós foi muito significante desde o momento que fomos classificados em Alvinópolis e Conceição do Mato Dentro. Aquilo tudo tinha superado nossas expectativas.

Aquele nosso som meio isso, meio aquilo que no final não parece com nada, no meio de tanta música feita pra ganhar festival. Estavamos concorrendo com as nossas verdades, cada solo, cada letra, tudo aquilo é uma verdade nossa. Pouco pensado pra agradar um ou outro, mas focado em passar a nossa mensagem. Tudo isso aceito e ainda por cima, reconhecido de forma muito positiva.

A emoção era muito e agora pedimos desculpas aos familiares que receberam ligações eufóricas de madrugada. Precisamos compartilhar aquilo tudo. Era alegria demais para apenas 5 pessoas.

E nesse post, compartilhamos mais um pouco com todos vocês

essa alegria que está durando dias.

E continuamos na nossa onda moderna, correndo atrás dos

nossos desejos e nos felicitando com cada momento que estamos

vivendo nessas aventuras.

Um abraço forte da família siciliana.

Estamos com saudades.

www.myspace.com/babijaqueseossicilianos